Pai, me dá uma ajuda no dever?

Lembro quando eu quis ser pai dos seus filhos. E como viajamos nessa ideia. O quanto era importante sermos uma boa família para eles. E entre abraços e carinhos, olhos vidrados no mesmo ideal: sermos pais.
Na rede embalávamos essa ideia, trocávamos imprssões. E definíamos até a personalidade dos meninos: Um casal, Sofia e Luís Carlos. Luís era mais observador, curioso e cheio de razão como você e eu em alguns momentos. Sofia seria genial, inteligente, graciosa e chai de travessuras. Seriam muito amigos e teríamos uma casa de dois andares com varanda. E lembro que você seria uma pesquisadora famosa e eu um Relações Públicas- marqueteiro cheio de ideias e muito trabalho. Olharíamos um ponto comum: a sustentabilidade. O verde seria a união das cores que mais amamos: eu o amarelo, e você o azul.
Nos encontros com os pequenos viveríamos histórias e viagens pelo Brasil e América do Sul. Escalaríamos montanhas, faríamos ecoturismo e defenderíamos a floresta, as águas e o direito de liberdade.
Um dia tivemos um diálogo do possível:

Luís - Pai e mãe tenho um problema, não sei fazer a tarefa.
Olhávamos um pro outro e perguntaríamos qual era a área.
pai - ora Luís traz aqui com a mamãe que ela te ajuda.
Mãe - vem cá filho, aproveita a Sofia dormindo pra fazer.
Luís - Pai, me ajuda no dever?
De repente no meio do noso sonho nos percebemos que era cedo pra pensar nisso.
Mas algo ficou pra sempre em mim: o desejo de ser pai. E como seria bom se você houvera sido a mãe. O tempo ajudou a perceber que o sonho era necessário pra resgatar em nós uma lição: a de seguir.

E seguimos. Fomos em busca de ser felizes.

Tem dias em que você sai carregado, buscando auxílio. De amigos, talvez. Ou quem sabe de um livro, um filme, uma companhia. Eu optei nessa segunda de muito calor em Manaus assistir um filme. Adoro filmes estrangeiros e alternativos. Filmes de outra língua e com culturas bem definidas. Assisti "A Guerra dos Botões" . Que filme belo na língua francesa. Duas turmas rivais de crianças, de duas vilas que "guerreiam" pelo seu território. E conhecemos a história de William Lebrac que é o líder e chefia as maiores estratégias. Filme com crianças sempre fazem eu viajar pra dentro deles. Mais ainda quando envolve aventuras emocionais, crescimento e desenvolvimento. Chorei muito. Sim, eu choro em filmes. hehe Ver a vida de Lebrac e Lanterna assistam o filme pra saber quem é haha se descobrindo.

Lembrei da minha infância no Japiim 1, rua 31 que não era a rua da minha casa, mas tornou-se a rua da minha infância. Lembrei de um grande amor que sinto. Lembrei do sonho em ser pai, da vontade de ter filhos inteligentes, questionadores e lindos. Lembrei de promessas, e de juras. Lembrei do Vivinho - eu criança - correndo e arquitetando planos pra ser o presidente da rua. hahaha

"A quem devo enganar sabe que guardo ainda essas lembranças, rasguei as cartas, queimei tudo. No entanto, o que fazer quando guardamos boas memórias?"

Emocionei com o filme. Se puder e estiver em cartaz na sua cidade, vai conferir. Quebre paradigmas.

Aprendi a viver e aprender com a dor. A dor tornar-se lição. Guardar sorriso para dias tristes. E lembrar dos dias tristes em momentos de alegria.

Ainda a amo, mas hoje de outra maneira. Mais sútil, mais calada.

Ver-te Amor Verde

O verde da copa das árvores.
O verde da grama onde passo.
O verde das folhas da roseira.
O sol acima de mim e ao seu lado.
A lua como cúmplice de um abraço.
...O verde dos seus olhos multicores.
Variados tons de verde e de cetim.
Abre o caminho para um inusitado sim
Ao Amor, "infinito enquanto dure" Amor.

(Ives Montefusco)

Resgates

Resgates.
Memórias.
Poemas e cores
Das Horas e dores
De uma Ilusão
Apelidada de amor.

E clama o apego
Nesse passageiro
Enredo.
Promessa.
Apelidado de amor.

E onde a Pressa
Convida
O Medo
E a solidão
Nasce o Desejo.
Apelidado de amor.

E onde irrompe
Toda a Esperança
Nascida da fé
E de certidão o Bem.
Ali...Logo ali.
É Amor...