quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Ah..Mar! Ah! Mar...
Ali sentado à beira mar estava ela com seus cabelos castanhos claros, que pareciam mais claros a luz do sol. Ela parece reflexiva. O que se passava na sua cabeça em um dia ensolarado? Lembrava de algo com certeza. Ou talvez não. Apenas pensava. O mar causa isso nas pessoas tamanha a sua imensidão. Aquele cheiro de salobro invadia suas narinas. Trazia para junto de si as ondas que recordavam a crianças brincando de manja-pega num vaivém incessante. E em todos os ir e vir ela entregava um suspiro profundo. Até que se levantou em direção ao mar e caminhou junto às águas. Seus cabelos aos poucos sumiam em contraste com a cor azul-turquesa do mar. Pouco a pouco ela se misturava nas ondas que a tornava um ser partícipe desse espetáculo nunca antes visto. Ela ia e vinha como a uma onda ou quiçá crianças brincando de manja-pega. Seu corpo boiava no vaivém das ondas, mas seus pensamento e coração estavam no meio do sertão, onde fora abandonada e subordinada a uma vida que não era a sua. Lembrou-se de sua mãe que a entregou na maior das boas vontades maternas a um senhor que no meio do caminho a forçou a se tornar mulher. E assim pouco a pouco se via deixada por todos os que dela se enamoraram. E de repente acordou com um toque em seu ombro, nem sequer havia levantado de lá. Levantou-se, virou-se para o mar e despediu-se. Ou o desejou.
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Um comentário:
Adorei o blog, Ives.
Estou só esperando lançar seu futuro livro de poemas!:)
Beijão.
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